O Beijo de Judas
Sabe filmes bem sessão da tarde só pra divertir, que te diz
coisas como nunca desista dos seus sonhos faça sempre (quase sempre) a coisa
certa e blá, blá blá. Que no cinema e literatura são tremendos clichês, mas que
nada vida real fazem todo o sentido? Pois, Judas Kiss (2011, Carlos Pedraza –
Roteiro, J.T. Tepnapa – Direção) é um desses filmes, equivalentes a Querido
John, A Última Música, e muitos outros motivacionais. Danny Reyes é um cineasta
fracassado que ganhou um festival de cinema quando ainda estava no início da
faculdade e mudou seu nome para Zachary Wells o curta fez certo sucesso e um
futuro fabuloso na indústria cinematográfica se formava bem a sua frente, o
detalhe é que ele trapaceou só eram válidos curtas escritos no período em que
os estudantes estivessem na faculdade o de Zach foi feito no colegial. O futuro
promissor em Hollywood anos depois se dissipou e ele acabou se tornando um cara
que vive numa bad, em rehabs e festas de produtores milionários. Quinze anos
depois ele está de volta à faculdade substituindo um jurado no mesmo festival
que vencera inesperadamente um dos fortes concorrentes que também está no
início da faculdade como Zachary esteve é Danny Reyes com seu filme Judas Kiss
assim ele se vê obrigado a abrir um caminho em busca de si mesmo em sua
história nebulosa junto a seu passado presente e futuro. Às vezes parece um pouco biográfico, mas não é,
é tudo ficcional, mas mostra aspectos que todo mundo que trabalha com cinema em
Hollywood ou em qualquer parte do mundo conhece, a extrema competitividade do
mercado, a busca por inovação e ao mesmo tempo lucro, essas duas últimas muito
difíceis de fazer andarem juntas e de mãos dadas, os dramas da vida que todos
precisam lidar nesse caso os artistas em geral que vez ou outra ou quase sempre
refletem esses dramas em suas obras (lembrem de Lars Von Trier a última coisa
que à mãe o disse antes de morrer foi que seu pai não era seu pai de verdade um
bom exemplo disso), pois bem toda dificuldade de quem decide fazer e viver de
arte, pois é preciso ceder você mesmo (por completo às vezes) a seu trabalho e
fazer com que agrade e valha alguma coisa, falando num sentido de arte
totalmente autoral claro nada de fórmulas já prontas pra ir ao mercado. O filme
é bem realizado, mas sempre deixa a impressão de uma tentativa rasa de expor o
que já foi contado acima, não aprofunda muito é só mesmo um “Ah, olha sou um
cineasta em pré-início de carreira, preocupado em vencer na vida com isso,
aterrorizado com a possibilidade disso não acontecer com alguns problemas
familiares, e tudo junto acaba por foder a minha cabeça.” (e quem não está? com
20 poucos anos independentemente da profissão). É isso faltou uma maior
exploração em cima das personagens alguns (muitos) momentos é tudo meio vago,
não ruim, não bom, algo entre um pouco acima de mediano e bom, mas é um filme bom
de ver, um verdadeiro sessão da tarde um naco mais profundo e que nunca veremos
na sessão da tarde, pois há gays demais.
Marcadores: cinema
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