segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Beijo de Judas


Sabe filmes bem sessão da tarde só pra divertir, que te diz coisas como nunca desista dos seus sonhos faça sempre (quase sempre) a coisa certa e blá, blá blá. Que no cinema e literatura são tremendos clichês, mas que nada vida real fazem todo o sentido? Pois, Judas Kiss (2011, Carlos Pedraza – Roteiro, J.T. Tepnapa – Direção) é um desses filmes, equivalentes a Querido John, A Última Música, e muitos outros motivacionais. Danny Reyes é um cineasta fracassado que ganhou um festival de cinema quando ainda estava no início da faculdade e mudou seu nome para Zachary Wells o curta fez certo sucesso e um futuro fabuloso na indústria cinematográfica se formava bem a sua frente, o detalhe é que ele trapaceou só eram válidos curtas escritos no período em que os estudantes estivessem na faculdade o de Zach foi feito no colegial. O futuro promissor em Hollywood anos depois se dissipou e ele acabou se tornando um cara que vive numa bad, em rehabs e festas de produtores milionários. Quinze anos depois ele está de volta à faculdade substituindo um jurado no mesmo festival que vencera inesperadamente um dos fortes concorrentes que também está no início da faculdade como Zachary esteve é Danny Reyes com seu filme Judas Kiss assim ele se vê obrigado a abrir um caminho em busca de si mesmo em sua história nebulosa junto a seu passado presente e futuro.  Às vezes parece um pouco biográfico, mas não é, é tudo ficcional, mas mostra aspectos que todo mundo que trabalha com cinema em Hollywood ou em qualquer parte do mundo conhece, a extrema competitividade do mercado, a busca por inovação e ao mesmo tempo lucro, essas duas últimas muito difíceis de fazer andarem juntas e de mãos dadas, os dramas da vida que todos precisam lidar nesse caso os artistas em geral que vez ou outra ou quase sempre refletem esses dramas em suas obras (lembrem de Lars Von Trier a última coisa que à mãe o disse antes de morrer foi que seu pai não era seu pai de verdade um bom exemplo disso), pois bem toda dificuldade de quem decide fazer e viver de arte, pois é preciso ceder você mesmo (por completo às vezes) a seu trabalho e fazer com que agrade e valha alguma coisa, falando num sentido de arte totalmente autoral claro nada de fórmulas já prontas pra ir ao mercado. O filme é bem realizado, mas sempre deixa a impressão de uma tentativa rasa de expor o que já foi contado acima, não aprofunda muito é só mesmo um “Ah, olha sou um cineasta em pré-início de carreira, preocupado em vencer na vida com isso, aterrorizado com a possibilidade disso não acontecer com alguns problemas familiares, e tudo junto acaba por foder a minha cabeça.” (e quem não está? com 20 poucos anos independentemente da profissão). É isso faltou uma maior exploração em cima das personagens alguns (muitos) momentos é tudo meio vago, não ruim, não bom, algo entre um pouco acima de mediano e bom, mas é um filme bom de ver, um verdadeiro sessão da tarde um naco mais profundo e que nunca veremos na sessão da tarde, pois há gays demais.

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